Conclusões do TAACo Global de Janeiro 2023
Deixamos para trás um ano de alta inflação, aumento das taxas de juros, tensões geopolíticas, guerra e a China presa na política de zero COVID. Os mercados globais registraram um desempenho recorde: apenas três vezes antes as ações e os títulos caíram simultaneamente no mesmo ano, e nunca antes ambos caíram porcentagens de dois dígitos.
A versão do mês passado deste documento foi o nosso Outlook 2023, no qual analisamos as questões que identificamos como determinantes para o desempenho dos mercados neste ano: (i) a trajetória da política monetária nos Estados Unidos e por quanto tempo o Fed continuará aumentar as taxas de juros; (ii) o fim da política de zero COVID na China; (iii) desglobalização ou regionalismo; e (iv) transição energética.
O mundo caminha para uma (nova) normalidade após três anos de choques e convulsões no quadro de uma revolução digital acelerada ou quarta revolução industrial. Ciclicamente, a economia mundial passa por altas de juros e retirada de liquidez para lidar com a inflação e resfriar economias superaquecidas por estímulos monetários e fiscais exacerbados pela pandemia, levando a desacelerações ou recessões. Complicado.
A profundidade e duração da desaceleração/recessão global será fundamental em termos dos efeitos que ela infligirá nas economias e no setor corporativo. Nosso cenário básico, como temos mantido desde o último trimestre do ano passado, é de desacelerações e recessões superficiais. Isso duraria pelo menos a primeira metade do ano; o risco é que dure demais (além de 2023) e entre no que se chama de recessão de crescimento (growth recession), ou seja, apesar de não haver contrações significativas da atividade, um crescimento muito baixo acaba gerando uma deterioração significativa da economia.
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