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Da Expansão Quantitativa ao Ajuste Quantitativo

O foco da economia global e dos mercados está nas taxas de juros, principalmente as dos Tesouros dos EUA. A curva de rendimento (yield curve) vem registrando parcelas em que sua inclinação é invertida (geralmente positiva: quanto mais longo o prazo, maior a taxa de juros), que geralmente é um preditor de recessões.

Desde a grande crise de 2008, as autoridades monetárias globais, lideradas pelo Fed dos EUA, usaram a política monetária não convencional, que complementa as reduções nas taxas de juros como uma política expansionista. A partir daí – ampliada ao máximo pela pandemia – Quantitative Easing (QE ou flexibilização quantitativa), ou seja, a compra de ativos pelos bancos centrais para aumentar a liquidez e promover investimentos e crédito, tem sido o «pão de cada dia» das economias e mercados mundiais.

No entanto, os níveis de inflação não vistos há décadas desencadearam mudanças na postura dos bancos centrais do mundo, que começaram a elevar as taxas de juros de referência e esperase que o Fed comece a reduzir mais agressivamente o tamanho de seu balanço (aumentado pelo QE) a partir de maio. Isso nos leva a uma situação sem precedentes na história da economia moderna; a retirada de estímulos monetários não convencionais ou Quantitative Tightening (QT ou Aperto Quantitativo).

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