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Conclusões do TAACo Global de Setembro 2022

Estamos experimentando incertezas sobre como a economia e os mercados se adaptam a um cenário diferente do que estávamos acostumados nos últimos quase quinze anos. Desde 2008, somente em períodos curtos (julho de 2009 a abril de 2010 e brevemente em fevereiro de 2011) a taxa de títulos do Tesouro de 10 anos ultrapassou 3,5% ao ano. Por sua vez, a taxa referencial (Fed Funds Rate) do Federal Reserve Bank dos Estados Unidos (Fed), permaneceu em 0,25% ao ano entre 2008 e 2015, após a qual subiu gradualmente para 2,5% em 2018 até junho de 2019, quando começou a diminuir gradualmente para cuidar do crescimento, até chegar a 1,75% em fevereiro de 2020. Depois veio a pandemia e caiu acentuadamente para 0,25%.

Entre 2008 e 2011, a inflação não ultrapassou 3% ao ano, estando acima desse nível apenas entre abril e novembro daquele ano. Uma década depois, em abril de 2021, os aumentos de preços nos Estados Unidos atingiram 4,2% em doze meses, acelerando para 9,1% em junho passado (8,3% em agosto).

Toda a revisão anterior para destacar que desde 2008 a economia mundial e os mercados foram caracterizados por taxas de juros muito baixas, liquidez abundante ou «dinheiro fácil», como dizem nos mercados. Porque não eram apenas taxas baixas, mas a injeção de dinheiro através da famosa quantitaive easing (QE, flexibilização quantitativa), ou seja, a compra de instrumentos financeiros pela entidade emissora para garantir liquidez nos mercadosfinanceiros, que também foi executado pelo Banco Central Europeu, pelo Banco da Inglaterra, pelo Banco do Japão e muitos outros. Esta política ultra expansiva foi exacerbada pela pandemia.

Atualmente, estaríamos enfrentando uma mudança de paradigma, a taxa dos Fed Funds Rate vem subindo agressivamente desde março deste ano e o Fed reduzindo o tamanho de seu balanço, ou seja, invertendo o QE, aplicando quantitative tightening (QT, ajuste quantitativo). A maioria dos países vive situações semelhantes (exceto a China e outros casos específicos), em um ambiente em que o superaquecimento econômico resultante da forte e rápida recuperação pós-pandemia é adicionado às tensões geopolíticas e problemas nas cadeias globais de suprimentos, o que complica as políticas anti-inflacionárias.

Veja o Relatório Completo
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