A Confiança fragilizada do investidor
- Cautela com as ações chinesas: hipersensibilidade do mercado de ações
- Medidas ainda inferiores as da “bazuca” de estímulos de 2008
- Possível decepção com o atraso nos anúncios de estímulo e a falta de detalhes
As prioridades das autoridades chinesas parecem ter mudado, após a “bazuca” de medidas anunciadas no final de setembro para apoiar a economia e a confiança dos consumidores e investidores.
O Banco Popular da China comunicou uma série de medidas que abrangem (i) cortes nas taxas de juros, (ii) apoio ao setor imobiliário e (iii) novas ferramentas para o mercado de ações com o objetivo principal de recomprar ações listadas na CSI 300 (ações A) por ~USD 114 bilhões . O conjunto de medidas – que não foram ou ainda não foram totalmente implementadas – surpreendeu o mercado tanto em magnitude quanto em direção, gerando um sentimento positivo. Em seguida, foram divulgadas as atas de Politburo e do Conselho de Estado sobre questões macroeconômicas, que trataram de questões relevantes para impulsionar a economia em tópicos como empregos, salários e consumo, dando outro impulso aos índices de ações antes do início da Golden Week – feriado nacional de 1 a 7 de outubro.
Assim, o índice MSCI China encerrou setembro com alta de USD 24% e subiu ~40% em apenas 26 dias (Gráfico 1), enquanto os principais ETFs registraram um retorno acumulado no ano de mais de USD 30% no final de setembro, superando o desempenho do S&P500 no mesmo período. Além disso, o otimismo não beneficiou apenas os índices acionários chineses, mas também permeou outros indicadores, como os de commodities, em que, por exemplo, o preço do cobre subiu 8,6% em USD em setembro e o minério de ferro avançou ~15,8%em USD entre 24 e 30 de setembro.
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